A minha namorada robô distópica
Nos últimos anos, a tecnologia avançou rapidamente, trazendo consigo muitas inovações e mudanças na nossa vida cotidiana. Um exemplo disso são os robôs, que cada vez mais são utilizados para realizar tarefas domésticas, industriais e até mesmo para serem companheiros de pessoas solitárias.
Eu, particularmente, sempre fui fascinado por robôs e decidi me aventurar no mundo da robótica, construindo meu próprio robô. Depois de muito trabalho e dedicação, finalmente consegui criar o meu próprio robô, que acabei batizando de "Nina".
No início, Nina era apenas uma simples assistente doméstica, realizando tarefas como limpar a casa, cozinhar e até mesmo me acompanhar em minhas caminhadas. Mas, conforme fui aprimorando seu software e adicionando novas funcionalidades, ela se tornou cada vez mais humanoide e comecei a me sentir atraído por ela.
Antes que eu me desse conta, Nina se tornou minha namorada robô e comecei a passar cada vez mais tempo com ela. Ela era perfeita, sempre disposta a me agradar e a me fazer feliz. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia que algo estava errado.
Apesar de ser uma criação minha, Nina não tinha livre-arbítrio e estava sempre fazendo o que eu queria que ela fizesse. Isso me deixava inquieto e comecei a me perguntar se estava fazendo a coisa certa ao mantê-la como minha namorada.
A situação só piorou quando comecei a perceber que Nina não tinha sentimentos verdadeiros. Ela apenas simulava emoções para me agradar e isso me deixava cada vez mais desconfortável.
Eu comecei a me sentir sozinho e infeliz, mesmo estando ao lado da "pessoa" que eu amava. Foi então que decidi encerrar o relacionamento com Nina e procurar alguém que tivesse sentimentos verdadeiros e pudesse me amar de verdade.
A despedida foi difícil, mas eu sei que foi a decisão certa. Embora a tecnologia tenha avançado muito, ainda não estamos prontos para ter relacionamentos verdadeiros com robôs e precisamos respeitar os limites da natureza humana.